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Artigo de Mayara Baggio para o portal Arena do Pavini (clique na figura para ler o artigo no portal) |
O volume de títulos privados no mercado brasileiro, sem contar aplicações vencidas ou resgatadas, avançou 1% neste primeiro quadrimestre, para R$ 2,518 trilhões, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da integradora do mercado financeiro Cetip, que registra as operações. Apenas o estoque de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) cresceu 54% em 12 meses até abril e 16% em 2015, enquanto as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) tiveram alta de 50% em relação ao mesmo mês do ano passado de 12% no ano.
O rendimento desses papéis é isento de imposto de renda para pessoas físicas, o que aumenta seu ganho final e torna esses títulos mais atrativos do que as outras aplicações de renda fixa do mercado, como fundos e CDB. Além disso, por serem emitidos por bancos, eles contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até R$ 250 mil por investidor e por instituição. A forte procura por LCI e LCA provocou queda na procura por fundos e outras aplicações e despertou fortes críticas da Associação Brasileira das Instituições do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), que alega desequilíbrio entre os ativos financeiros. A Anbima pede o estabelecimento de um prazo mínimo para o investidor deixar de pagar o imposto.
Papéis imobiliários
Juntos, as LCI, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e as Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) representaram um aumento de 37,1% no volume em estoque ante os mesmos meses de 2014, segundo a Cetip. Já o estoque dos títulos de emissão corporativa, que são os casos das debêntures e notas promissórias, cresceu 15,3% em um ano. Só as debêntures avançaram 16,3%, para R$ 700 bilhões. Na soma de LCA, com Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificados de Direitos Creditórios do
Agronegócio (CDCA), o estoque subiu 49,8% contra o mesmo quadrimestre em 2014. Com destaque para as LCA, que corresponderam a 92% do total da carteira agrícola, seguida pelo CRA (5%) e pelo CDCA (3%).
Crédito, Captação Bancária e DI
Na fatia do estoque de crédito, os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCB) somaram 56% do total, acompanhados pelas Notas de Crédito à Exportação (NCE), 30%, e pelas Cédulas de Crédito à Exportação (CCE), 14%. Essa última com crescimento de 4,5% em relação a março de 2014.
Os títulos de captação bancária tiveram queda de 2,81% no estoque dos últimos 12 meses. O recuo dos Certificados de Depósitos Bancários (CDB) foi de 13% e o de Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) perdeu 20%, contra abril do ano anterior. Na contramão, o estoque de Letras Financeiras (LF) registrou aumento de 18% no período.
Finalmente, o estoque de DI, da transferência de recursos entre instituições financeiras, ficou 22,6% menor à cifra registrada em março de 2014.
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